João Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal (IL), foi o primeiro a ser ouvido pelo Presidente da República, que, durante a tarde deste sábado, vai receber todos os partidos com assento parlamentar sobre a atual situação política do país.
Em declarações aos jornalistas, João Cotrim Figueiredo disse que a reunião se centrou em "apenas dois pontos" – a dissolução da Assembleia da República e a data das eleições antecipadas.
Na conversa com o chefe de Estado, o líder da Iniciativa Liberal defendeu que "o Parlamento deve ser dissolvido na medida em que já não há uma solução política estável que deste Parlamento possa sair" e indicou que as eleições não deveriam "ocorrer antes de 30 de janeiro por motivos de interesse nacional".
"Não só porque é uma eleição importante e difícil para boa parte das opções que os portugueses têm de tomar e isso não é compatível com uma campanha eleitoral demasiado curta e em cima da época natalícia", justificou João Cotrim Figueiredo, acrescentando que deve existir "um campo de jogo equilibrado entre todas as forças políticas que se venham a apresentar a sufrágio".
Ou seja, o líder da IL sublinhou que "não só aqueles partidos que estejam em processo de alteração de liderança interna, mas também os que têm de tomar opções estratégicas importantes" precisam do seu tempo para organizar a possível campanha eleitoral que se avizinha.
Para o líder do partido, há ainda "a necessidade de um campo de jogo equilibrado entre todas as forças políticas que se venham a apresentar a sufrágio". O que significa, diz Cotrim Figueiredo, que "não só aqueles partidos que estejam em processo de alteração de liderança interna, mas também os que têm de tomar opções estratégicas importantes" precisam de tempo para se organizar.
Ainda assim, não é apenas o PSD ou o CDS-PP que precisam de arrumar as suas casas, mas também o PS. “Se o PS não conseguir a maioria absoluta não será António Costa o primeiro-ministro capaz de fazer pontes à esquerda", apontou Cotrim Figueiredo, notando que também “cortou as que tinha à direita”.
“Por todos estes motivos, isso não é compatível com uma campanha com menos de quatro semanas de duração, entre a pré-campanha e a campanha eleitoral, e foi isso que dissemos ao Presidente da República”, observou.