Arrancaram as campanhas eleitorais para as eleições legislativas, da esquerda à direita

Domingo foi dia de arranque para as arruadas e comícios que marcarão as campanhas eleitorais de Norte a Sul do país. Almoços e jantares, no entanto, são coisa do pasado – para alguns.

Do PS ao PSD, passando pelo CDS, BE, CDU, PAN, Livre, IL e Chega, domingo foi o dia do arranque oficial das campanhas eleitorais com as eleições legislativas em vista.

Até dia 28, os partidos que estão presentes na corrida à Assembleia da República vão viajar o país, de Norte a Sul, para fazer o 'teste do algodão' nas ruas, com arruadas e comícios, mas poucos ou nenhuns almoços e jantares, pela mesma razão pela qual foram instauradas medidas de segurança como limitações de lotação nos eventos: a pandemia da covid-19.

 

PS

Os socialistas deram início às 'hostilidades' nos Açores, onde António Costa fez uma 'visita-relâmpago'. Com a promessa de 'estabilidade' em mãos, o partido, que está no Governo desde 2015, tem uma agenda preenchida para as próximas duas semanas, culminando com ações em Lisboa. Almoços e jantares são coisa do passado, e há limites de lotação nos comícios à noite.

 

PSD

Já o PSD arrancou a campanha oficial em Barcelos, no distrito de Braga, onde Rui Rio protagonizou uma arruada. E já começaram as acusações: "Quando eles (PS) sentem que podem perder começam sempre da mesma maneira, começam a deturpar aquilo que nós dizemos e, em vez de darem as suas propostas, começam a deturpar as nossas”, afirmou o líder do PSD, acusando o PS de ter dito que o PSD "vai querer privatizar a Segurança Social", e desmentindo a acusação. Os social-democratas seguem campanha, amanhã, em Lisboa, e fecham o ciclo na capital.

A campanha eleitoral do PSD segue amanhã para Lisboa, onde irá concluir.

 

BE

Também o Bloco de Esquerda arrancou hoje oficialmente a sua campanha eleitoral, com uma visita de Catarina Martins, coordenadora do partido, à barragem da EDP em Miranda do Douro. Um local cheio de polémica, e um dos casos que o BE apadrinhou, criticando o partido a falta de pagamento de IMI relativo à referida barragem às populações locais. Catarina Martins pediu "um novo ciclo mais exigente", e acusou a maioria absoluta pedida pelo PS de não ser solução para o país. A campanha continua amanhã, em Castelo Branco, e conclui no Porto.

 

CDS-PP

O CDS-PP, por sua vez, que luta por manter firme a sua posição no Parlamento, começou a campanha em três disritos diferentes: Leiria, Santarém e Castelo Branco. Francisco Rodrigues dos Santos, líder centrista, quer ser "a grande surpresa" das eleições legislativas, "ressuscitando nas urnas", segundo revelou aos jornalistas. A campanha centrista acaba em Lisboa.

 

CDU

A CDU, com João Ferreira e João Oliveira a substituir (temporariamente) Jerónimo de Sousa na liderança da campanha, deu o tiro de partida em Aljustrel, no distrito de Beja. Oliveira acusou o PS e o PSD de serem 'conquistados' por um “súbito apego à regionalização”  quando chega a altura das eleições legislativas. A campanha dos comunistas acaba em Braga.

 

PAN

Quem também se fez à estrada neste domingo foi o PAN. O encerramento será em Lisboa, e o partido promoverá 'digital talks' para promover as suas propostas juntos dos eleitores das ilhas, dos círculos internacionais e dos distritos onde não estará presente fisicamente. No domingo, as 'hostilidades' começaram em Lisboa e, na terça-feira, segue para Setúbal.

Em visita à Quinta do Ferro, na Graça, em Lisboa, Inês Sousa Real, porta-voz do partido, lamentou o facto de o Governo ainda não ter recebido o parecer da PGR sobre o regime de votação para os portugueses em isolamento por covid-19.

 

IL

A Iniciativa Liberal, por sua vez, deu o pontapé de saída da sua campanha política de uma forma mais…criativa. Para além de reforçar a campanha com uma exposição ambulante que visitará várias cidades do país, o ponto de partida da campanha liberal deu-se na praia de Matosinhos, com um minitorneio de futebol de praia. O vento que se fazia sentir no areal nortenho coincidiu com os desejos do líder dos liberais, João Cotrim Figueiredo, que argumentou que o partido é necessário para "arejar" o país, e que tem " “um misto de irreverência e preparação” necessário. A campanha liberal acaba no Porto.

 

Chega

O Chega é, ao contrário da maioria dos restantes partidos, uma das estruturas que decidiu manter intacta a campanha 'à mesa'. De Norte a Sul, o partido liderado por André Ventura tem marcadas uma série de almoços e jantares para promover a sua mensagem e procurar estabelecer-se no Parlamento. No domingo, a campanha arrancou na Batalha, no distrito de Leiria, e deixará de fora Portalegre e Santarém, já que esta estrutura política esteve presente nestes dois distritos nos últimos dias da pré-campanha. A campanha do Chega acaba em Setúbal.

 

Livre

Rui Tavares, líder do Livre, deu início à campanha do partido (que quer recuperar o lugar perdido no Parlamento) na Feira do Relógio, em Lisboa, onde teve oportunidade de realçar uma das propostas do partido, a nível da educação e dos transportes públicos para os estudantes: a criação de um sistema de transporte escolar com carrinhas elétricas e miniautocarros elétricos em que os auxiliares de ação educativa também podem ir para que os miúdos vão em segurança e muita gente não precisaria de usar o carro.Não é ainda conhecida a agenda da segunda semana de campanha do Livre.