O Chega pediu o agendamento de um debate no Parlamento sobre “a pressão” dos imigrantes na Saúde, adiantou André Ventura, esta segunda-feira.
“Dada a importância do tema e a sua centralidade na vida política portuguesa, para que as águas sejam separadas, o Chega decidiu hoje pedir um debate de urgência com o ministro da Saúde na quarta-feira, quer sobre imigração, quer sobre este tema da pressão migratória na saúde”, afirmou.
Ventura quer “que fique claro à direita e à esquerda quem é que defende o quê, e não haja mal-entendidos”.
“Estou muito interessado em ver o que PSD e PS vão defender, porque suspeito que será exatamente a mesma coisa nesta matéria”, disse.
Para o líder do Chega, o PSD diz “exatamente o mesmo que o PS” e “é o PSD que está a copiar o PS, porque o PS sempre teve esta posição sobre imigração”.
“O que eu não sabia é que o PSD de Luís Montenegro é próximo do PS de Mário Soares”, acrescentou, sublinhando que os dois partidos querem um “país sem controlo, sem fronteiras e de portas completamente abertas”.
Ventura acredita que o país tem “uma abertura absolutamente estúpida à imigração e, sobretudo, está a pôr em causa não só Portugal, como os outros países da Europa”.
“Uma coisa é defendermos a lusofonia, e isso é fundamental, [porque] a imigração brasileira, angolana ou cabo-verdiana não é o mesmo que a imigração que vem do Bangladesh, Paquistão ou da Índia, não é a mesma coisa porque a nossa história diz o contrário. Outra, é qualquer pessoa, sem qualquer controlo, possa entrar em Portugal, ficar durante um ano e dizer que anda à procura de trabalho”, salientou.
Ventura admitiu, no entanto, que é “importante discutir imigração”, porque “Portugal precisa de imigração”, mas defendeu que deve ser “controlada e com regras”.