Carlos César, reeleito presidente do PS com mais de 90% dos votos, acusou Marcelo Rebelo de Sousa de não fazer o “politicamente devido” após a demissão de António Costa, na sequência da polémica com a Operação Influencer.
“O país devia ter sido poupado a esta interrupção gerada pela decisão do presidente da República de convocação de eleições antecipadas, porque é hoje amplamente reconhecido que, nas circunstâncias então difundidas, o primeiro-ministro fez o que lhe era institucionalmente requerido. Mas o presidente da República, em resposta, não fez o que politicamente era devido”, disse o presidente do PS, no Congresso do partido.
Mas desvalorizou a situação, sublinhando que “o que lá vai, lá vai” e que os socialistas não são nem nunca foram “prisioneiros das circunstâncias”.
Para Carlos César, “o PS é a melhor alternativa. O PS tem e apresenta o melhor primeiro-ministro para Portugal”.
O dirigente socialista mostrou-se confiante na vitória do partido e de Pedro Nuno Santos e acredita que “os portugueses não escolherão no próximo dia 10 de março aqueles que só se fazem notar à custa dos engenheiros do caos, ou pela grosseria da sua linguagem, ou pelos enredos que encenam no teatro da política – aptidões em que a liderança do PSD não raras vezes suplanta as dos seus companheiros à direita”.
Os portugueses, continuou Carlos César, “querem políticos que falem sobre o que interessa realmente aos portugueses”. “E que não só digam o que pensam como deem garantias de fazerem o que dizem. Pedro Nuno Santos é um político assim: Frontal e sem receios de mostrar quem é – e é disso que o país precisa”, sublinhou.
Carlos César defendeu que se a direita ganhasse as próximas eleições “teríamos um Governo de um jogo sem rei nem roque, onde cada partido, da direita à extrema-direita, disputa o seu bocado de poder e pouco mais quer saber do que como lucrar com ele”.