A sondagem da Intercampus, divulgada esta terça-feira pelo Jornal de Negócios, revela que o Chega triplicou as intenções de voto, comparando com a percentagem que obteve nas legislativas de 6 de outubro que lhe valeu a eleição de um deputado.
Se as eleições fosse agora o partido, liderado e representado no Parlamento por André Ventura, conquistaria 4,8% dos votos, o triplo dos 1,29% que somou nas últimas eleições.
Este valor é já superior ao previsto para o CDS-PP que, segundo o barómetro da Intercampus, só reúne 2,9% das intenções, o que representa uma queda – da já grande queda de si – do que foram os resultados dos democratas-cristãos que passaram de 18 para cinco deputados, tendo obtido apenas 4,22% dos votos nas legislativas.
Quem parece ter lucrado com esta descida do CDS foi o Iniciativa Liberal, que elegeu um deputado único graças a 1,29%, percentagem que agora duplicou para 2,9%.
Do lado da Esquerda também houve subidas, com destaque para a CDU, que obteve 8,1% das intenções, quando em outubro somou 6,33% dos votos.
O Bloco de Esquerda foi outro dos partidos que subiu, passando dos 9,52% para 10,8% das intenções. O PAN conquistou 4,8%, enquanto nas eleições tinha obtido 2,7%, o que resultou na eleição de quatro deputados.
O Livre também registou uma subida face aos resultados de outubro, na altura somou 1,9% dos votos, e agora regista 2,7% das intenções, curiosamente é a percentagem exata indicada no anterior barómetro da Intercampus.
No sentido contrário estão os partidos tradicionalmente do arco de governação. O PS voltaria a ser o mais votado nas eleições, mas registou uma queda, dos 36,6% obtidos efetivamente em outubro passa a reunir 34,9% das intenções.
Perda de eleitores semelhante teve o PSD, atualmente a disputar internamente a liderança do partido. Os sociais-democratas somaram 24,9% contra os 27,9% que obtiveram nas legislativas.