Maria de Belém

Durante dias foi repetidamente anunciada a festa do PSD no Pontal como a ocasião de grandes e importantes anúncios ao país.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) deslocou-se, esta semana, à Comissão competente da Assembleia da República, com o objectivo de transmitir as suas mais pessimistas preocupações relativamente à sustentabilidade financeira das Universidades, face às propostas de dotação orçamental para 2013 que lhes foram comunicadas e que representam uma nova redução perante as atribuídas…

Sabemos bem que a dimensão do ‘barco’ europeu é demasiado grande e pesada para que possa mover-se com agilidade.

Aforma como os governos de Lisboa e de Madrid – apesar de os partidos que os sustentam se integrarem na mesma família política europeia – se têm relacionado com a crise não podia ser mais díspar.

No início deste ano, tive ocasião de fazer uma intervenção, no âmbito da figura parlamentar da ‘Declaração Política’, em que defendi a indispensabilidade de a União Europeia (EU) fazer uma evolução na ortodoxia do seu pensamento económico.

Em 2009, a Universidade Warwick atribuiu o primeiro prémio de Escrita à ensaísta canadiana Naomi Klein.

A experiência tem-nos ensinado que, por vezes, as competências existem e não são aproveitadas.

As declarações proferidas pelo presidente do Eurogrupo Jean-Claude Junker, este fim-de-semana, sobre a inadequação do plano de austeridade aplicado à Grécia e a necessidade de inventar um modelo inteligente que combine medidas de consolidação orçamental com outras igualmente importantes a favor do crescimento económico, passaram praticamente despercebidas.

O país precisa de medidas eficazes de combate ao desemprego, desenhadas de forma inteligente e com visão estratégica.

Saul Bellow afirmava, num ensaio publicado nos anos 70, que toda a informação se encontra nos jornais diários, que somos informados de tudo mas que não sabemos de nada!

Nos meus votos para 2012 fica uma mensagem mobilizadora e realizável, onde não caiba a palavra desistir.

O OE2012 espelha opções ideológicas do Governo e essas opções contêm sinais que são contraditórios.

É já um lugar comum considerar-se que os tempos que vivemos não são fáceis e que eles se devem mais ao que outros fizeram ou não fizeram do que a opções que nós próprios tenhamos tomado.