É sempre difícil dizer adeus, cortar os laços e continuar em frente. Durante exactamente seis anos fiz parte da equipa do SOL. Posso mesmo dizer que faço parte do grupo de privilegiados que viu nascer o SOL, mesmo antes de chegar às bancas. E hoje é o dia em que a minha crónica no SOL…
Acho que estou de parabéns porque pela primeira vez, em muitos anos, consegui desligar a cabeça e saborear aquilo a que os outros chamam férias.
O perigo está associado à atracção. Quando corremos riscos, os níveis de adrenalina sobem e a adrenalina é aparentada com a dopamina, substância química associada ao amor romântico.
A minha educação católica ensinou-me a ver o próximo com bons olhos, até informação em contrário. Se disser que na minha família mais chegada não há ninguém mau, dá para perceber como sou uma pessoa cheia de sorte.
O coração é um profeta frágil que precisa de pregar a sua verdade para sobreviver. Os corações que se calam acabam por rebentar.
Há pessoas que não conseguem ver para lá da espuma dos dias. São pessoas para quem o amor é imediato, impensado, imponderado e, por isso, não é bem amor.
O que se segue não é fruto de ficção, mas de casos reais com nomes ficcionados. Marina, 29 anos, contabilista, criada pela mãe desde os cinco porque o pai desapareceu, vindo Marina mais tarde a saber que era homossexual.
Há pessoas que não conseguem viver sem sonhar e outras que não conseguem levantar os pés do chão. Os sonhadores voadores deixam-se levar pelo entusiasmo e precisam de alguém que os puxe para baixo, não para os deitar abaixo, mas para os chamar à realidade.
Nunca vemos o amor chegar; só o vemos a ir embora», escrevi em Diário da Tua Ausência, o mais romântico dos meus livros, aquele que derrete os corações mais sensíveis e aborrece os mais cínicos. É verdade.
O que nos ensinam os primatas sobre nós próprios? Em Chimpazee Politics, o primatologista holandês Frans de Waal estuda os comportamentos dos vários elementos que formavam uma colónia de chimpanzés em Arnhem, na Austrália.
Há livros que vivem para sempre no meu coração. Seda, de Alessandro Baricco, é um deles. Conta a história de Hervé Joncour, burguês francês que enriquece com o cultivo dos bichos de seda trazidos em caixas do Japão, ainda sob a forma de larvas.
A razão pela qual poetas, escritores, compositores, cantores, pintores e escultores escrevem, compõem, cantam, pintam e corporizam o amor é porque não há nada mais inspirador.
Amei-te demais para não te odiar», dizia Racine na tragédia Andrómaca. O amor e o ódio são irmãos na paixão e chocam-se com frequência.
Quando nasce o impulso do amor romântico? Na verdade, muito cedo. Estudos realizados nos Estados Unidos mostram que o número de crianças com cinco anos que declarou já se ter apaixonado é igual ao dos 18 anos.
Crescemos habituados a separar a razão do coração como se de dois inimigos se tratassem. Por um lado, sentimos todos os dias na pele e no corpo o peso do que sentimos, do desejo que nutrimos pelos outros, das paixões e dos enlevos que a vida nos vai oferecendo.
Talvez a Primavera me tenha trazido uma onda de nostalgia. Mas não me importo, porque essa onda tem-me reavivado a lembrança de pessoas espectaculares que me acompanharam desde que nasci e cujo exemplo e personalidade fizeram de mim uma pessoa melhor.
Não é por acaso que a Warner investiu na distribuição e promoção do filme de Sérgio Graciano Assim Assim, que estreou ontem em mais de 30 salas de cinema de norte a sul do país e em Luanda.
Pertenço à última geração em Portugal que dançava slows. Não cresci embebida pelo humor corrosivo da família Simpson, mas embalada pelas aventuras de A Dama e o Vagabundo. Aos dez anos não lia o Calvin, lia a Anita.
Durante a juventude vivemos para amar. E, depois, amamos para viver. É o amor que nos mantém frescos e fortes, capazes de enfrentar todas as outras forças.