Expoente da geração de poetas brasileiros surgidos nos anos 1990, mantém uma relação privilegiada com o nosso país, e depois de alguns livros seus terem sido editados primeiro entre nós, chega agora em exclusivo uma antologia dos seus «poemas de amores».
Os anos trinta foram anos exaltados para a literatura argentina. No centro do turbilhão a revista “Sur” de Victória Ocampo marcava o ritmo da tempestade. Excêntrica de um modo que todos achavam difícil de adjectivar, a sua irmã mais nova, Silvina Ocampo, atravessou esse centro sem se deixar capturar.
When I was in my mother’s womb Social structure seemed a simple thing Gang of Four
O autor regressa ao romance, com uma narrativa que segue a errância de um homem que desperta num hospital, gravemente ferido, e que tenta regressar a casa. De tão mastigado, o universo de Cancela apresenta os sinais da desaparição, a emergência do vazio, desenhando uma zona-limite, à beira do fim.
Elevado a ‘consigliere’ no opressivo enredo cultural português, Mexia diz que já não se vê a romper noutra direcção, buscando novos caminhos para os seus versos. De ora em diante, reservar-se-á ao papel de antologiador sucessivo da obra, retocando o retábulo que já conhecemos.
O grande relógio do centro da cidade dá-nos as horas de 48 cidades do mundo
Após a chegada de Hitler ao poder, em 1933, Beradt era então uma jovem de vinte e poucos anos quando decidiu iniciar uma invulgar recolha de testemunhos, mapeando mais de trezentos sonhos que lhe foram ditados por cidadãos alemães, expondo os efeitos subterrâneos da difusão da ideologia e do terror nazis.
“A grande vida” de Jean-Pierre Martinet é um pequeno livro que a editora Cutelo atirou, como um petardo de riso e trevas, para as estantes das livrarias. Uma novela escrita numa linguagem fervorosa sobre um mundo coberto de borralho como uma fogueira apagada
Alfarrabista e crítico literário, em vez de outra fanfarronada de quem se propõe vir agora exumar a lenda, Bobone disseca as especulações e faz um ponto de ordem depois de 400 anos em que Camões foi sobretudo um espelho dos seus intérpretes.
Luís Bernardo Honwana escreveu este livro de contos em 1964, quando tinha apenas 22 anos, e Moçambique estava ainda submetida à administração portuguesa, sendo patente uma estratégia de expressão anticolonialista, servindo-se da língua do invasor para denunciar a invasão.
Os 500 anos deste poeta cujo canto se viu atado à pátria e submergido exigiriam uma atualização, atendendo ao seu efeito de rutura e denúncia, àquela ciência sonora aprendida com o mar e a sua infindável viagem, que continua a incitar-nos a largar amarras para só regressarmos inspirados de um verdadeiro ímpeto de vingança.
É autora de várias das histórias que lhe fazem companhia através da televisão – recentemente estreou a série A Filha, na TVI, inspirada livremente no caso Esmeralda –, mas é na escrita de livros que se encontra inteira.
Morreu o «gazeteiro» que criou dois programas de culto na televisão francesa e mostrou que, mais importante do que fazer as perguntas certas, é fazê-las a quem realmente é capaz de fazer guerra aos clichés e responder em nome próprio.