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Fernando Madrinha


  • A terceira guerra mundial?

    Um jornalista francês afirmou, por estes dias, que a reação de François Hollande aos ataques de Paris foi precisamente aquela que os mandantes dos terroristas pretendiam. A escalada dos bombardeamentos reforça a sua posição no terreno, favorece a propaganda de que se alimentam, bem como o recrutamento junto das populações ameaçadas, pois lhes permitem apresentar-se…

    A terceira guerra mundial?

  • A geringonça

    Três acordos assinados de pé e à vez, à hora do almoço, sem que os vários subscritores se tenham cruzado naquele discreto gabinete de S. Bento, selaram a nova aliança que se propõe apoiar um Governo do PS “na perspetiva da legislatura”.

    A geringonça

  • A palavra de um comunista

    É o que se conclui sobre o delicado processo negocial entre as esquerdas, de cujo resultado se esperam notícias seguras somente neste fim de semana. Ao tempo em que foi anunciada, a tal «solução» não era mais do que uma hipótese ou uma esperança, tudo indicando que Costa tomou, cedo de mais, os desejos por…

    A palavra de um comunista

  • A ameaça dos mercados

    Um dos argumentos mais repetidos pela esquerda como arma de arremesso contra os adversários do acordo PS-PCP-BE tem sido o de que não se pode invocar a ameaça dos mercados financeiros para desaconselhar tal acordo porque isso é reconhecer e aceitar uma insuportável limitação da democracia portuguesa. É fácil gritar contra a ingerência dos mercados…

    A ameaça dos mercados


  • A derrota de Cavaco… e de Soares

    Por mais que a apresentação no Parlamento de um Governo PSD/CDS se afigure «uma perda de tempo», como dizem os parceiros da promitente aliança de esquerda que se propõe derrubá-lo, ninguém compreenderia que se negasse à coligação a oportunidade de tentar fazer passar esse Governo.

    A derrota de Cavaco… e de Soares

  • O mundo ao contrário

    Duas semanas depois das eleições legislativas, os portugueses ainda não sabem quem as vai ganhar, dado que os dois principais concorrentes reclamam o direito de formar Governo. À primeira vista, isto é típico de democracias incipientes de outras latitudes, tendo muitas vezes resultados trágicos, como golpes de Estado e guerras civis. Mas, entre nós, há…

    O mundo ao contrário

  • Costa aguenta?

    Aestabilidade do sistema partidário foi um dos aspetos mais sublinhados nas leituras dos resultados deste domingo, tendo em conta que os três partidos pró-europeus responsáveis pelo governo nas últimas décadas mantiveram uma elevada representação eleitoral: cerca de 70% dos votos expressos.

    Costa aguenta?

  • O mistério dos indecisos

    É difícil conceber uma campanha que contribua mais para confundir do que para esclarecer os eleitores e ajudá-los a decidir em quem votar. Mas é assim que no-la apresentam as sondagens. Supondo-se que os sondados não se mancomunaram para trocar as voltas aos sondadores, o crescimento contínuo do ‘partido’ dos indecisos, à medida que se…

    O mistério dos indecisos


  • Paulo, o jogador compulsivo

    Paulo Portas fez esta pergunta aos apoiantes que o ouviam num comício da coligação em Setúbal: para cuidar das nossas finanças, preferem Maria Luís Albuquerque ou Mário Centeno? É uma pergunta tão legítima como qualquer outra, embora um tanto despropositada, porque os termos de comparação não se equivalem.

    Paulo, o jogador compulsivo

  • Catarina, a implacável

    Se os debates na TV fossem tão decisivos como os pintam, o Bloco de Esquerda ganharia as eleições. Vistos os factos e os argumentos, a pose e a ‘atitude’, como dizem no futebol, bem como as circunstâncias específicas de cada um dos líderes frente-a-frente, Catarina Martins foi a revelação da pré-campanha. Uma revelação contra si…

    Catarina, a implacável

  • Costa arriba

    Ao minuto 62, ou algures por aí, Judite de Sousa teve um rebate: “Não podemos continuar a falar do passado”. Faltava meia hora para o fim e, até então, nada de novo. Com a complacência dos entrevistadores, Passos Coelho tinha contado ao pormenor a conhecida história da bancarrota e da pesada herança deixada pelo engenheiro…

    Costa arriba

  • O amável Jerónimo

    Jerónimo de Sousa está na política ativa desde a Assembleia Constituinte e isso nota-se. Não pelos cabelos brancos e outros sinais da idade que nos marcam a todos os que vivemos esse período, mas porque o seu discurso de hoje – e, sobretudo, a sua linguagem – pouco se distingue do de há quarenta anos.

    O amável Jerónimo


  • O amável Jerónimo

    Jerónimo de Sousa está na política ativa desde a Assembleia Constituinte e isso nota-se. Não pelos cabelos brancos e outros sinais da idade que nos marcam a todos os que vivemos esse período, mas porque o seu discurso de hoje – e, sobretudo, a sua linguagem – pouco se distingue do de há quarenta anos. 

    O amável Jerónimo

  • O tamanho não é tudo

    As eleições legislativas mais concorridas de sempre, com 20 candidaturas envolvendo 23 partidos, dos quais sete se apresentam pela primeira vez, deviam ser também as mais disputadas de sempre, aquelas em que o confronto de ideias e de propostas tomaria conta do espaço público, concentrando a atenção do país e mobilizando os eleitores para um…

    O tamanho não é tudo

  • Costa em campo minado

    Em vésperas de disputar as eleições da sua vida – aquelas que podem levá-lo a primeiro-ministro ou pôr termo à sua liderança –, António Costa atravessa um campo minado. Ao apear António José Seguro, derrotando-o nas condições que ele estabeleceu e impôs, o novo secretário-geral parecia ter o PS na mão e, à sua frente,…

    Costa em campo minado

  • Belém e a partidarite

    Qualquer cidadão maior de 35 anos e no uso dos seus direitos políticos pode candidatar-se a Presidente da República, desde que reúna as assinaturas de 7.500 proponentes. É o que diz a lei. Tratando-se de uma eleição individual, é também aquela que, no ordenamento político em vigor, melhor responde à afirmação da cidadania, sem tutelas…

    Belém e a partidarite


  • O problema do cartaz

    O PS decidiu recolher um cartaz de campanha que afixara ainda há pouco e que continha esta mensagem simples: “É tempo de confiança”. Em fundo, uma mulher jovem aplicava-se no gesto de mudar uma página, ou de abrir uma cortina, descobrindo o futuro risonho e colorido que o PS promete, deixando para trás o negrume…

    O problema do cartaz

  • As opções do juiz Alexandre

    Um ano depois do colapso do BES e após uma comissão parlamentar de inquérito que encostou Ricardo Salgado à parede, acusado por todos de todas as responsabilidades, além de já indiciado pela Justiça por inúmeros crimes financeiros, o juiz Carlos Alexandre decidiu prendê-lo em casa com vigilância policial à porta. Os fundamentos para este inesperado…

    As opções do juiz Alexandre

  • Felizmente, há a Grécia!

    O estado da nação não muda por causa de um debate parlamentar, nem aqui nem em parte alguma. É por sabermos isso, e também porque pouco se distinguem dos debates quinzenais com o primeiro-ministro que os debates sobre o estado da nação se afiguram tempo perdido. Mas o motivo maior do desinteresse geral e do…

    Felizmente, há a Grécia!